"Mas eu cantei «Hark the Herald Angels Sing» em galês,numa capela remota no Dia de Natal,comi tarteletes de limão com um velho escocês que nunca esteve na Escócia,mas que fez as suas próprias gaitas-de-foles e veste um kilt para jantar.Fiquei em casa de uma ex-diva suiça que casou com um camionista sueco e que vive no mais remoto dos vales de toda a Patagónia,tendo decorado a casa com murais do lago Genebra.Jantei com um homem que conheceu Butch Cassidy e outros membros do bando Black Jack.Brindei à memória de Luis da Baviera com um alemão cuja casa e estilo de vida estão mais de acordo com o mundo dos irmãos Grimm.Discuti a poética de Mandelstam com uma médica ucraniana sem as duas pernas.Vi a estancia de Charles Milward e fiquei instalado com os peões,bebendo mate até às 3 da manhã..."
in- Bruce Chatwin's biography
segunda-feira, 31 de março de 2008
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7 comentários:
Fantástico!Tudo isto nas terras do fim do mundo, muito perto do Cabo de Horn!Ahhh esta música está espectacular estive a ouvir n vezes seguidas!Obrigado.
é a minha pequenina homenagem aos viajantes que têm passado por aqui e por esses blogues vizinhos.
abraço.Marco
Patagónia... Cabo Horn... Terra do Fogo. Eis sítios que desde sempre fazem parte do meu imaginário, sem nunca ter lá ído... Parte deste diário, faz-me lembrar os livros do Francisco Coloane, que abordam algumas vivências por estas paragens.
É um livro fantástico,assim como a vida dele.Ele que se assumia como um viajante e não como turista, deixando-se levar ao "sabor da maré".
este extracto é quase um resumo do livro dele "Na Patagónia" ;)
Cara Garina,retirei as partes que mais gostei de uma carta que ele escreve a Elizabeth "estando encalhado no meio de nenhures".
Não tem absolutamente nada a ver um turista com um viajante. Cada um sabe de si, mas eu não voltarei a lado nenhum senão a 'butes' e estou tão ansiosa por dar início à caminhada que já estou a preparar o essencial: botas e sandálias!
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