terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"Rabelos no Douro"

Um brinde ao Ano Novo com um cálice de Porto. Bom Ano.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"Nan of Fife"








Dos barcos construídos por William Fife, é o mais antigo e um dos mais bonitos em actividade. Construído em 1896 para Thomas Burrowes, foi alvo de grandes reparações entre 1999 e 2001.
Comp.-24,95m / Larg.-3,53m / Cal.-2,60m /Área vél. total-528m2
fot.- Patrick Debétencourt

domingo, 28 de dezembro de 2008

sábado, 27 de dezembro de 2008

"Gaivotas em terra"



Gravuras do primeiro quartel do sec.XX

domingo, 21 de dezembro de 2008

"Les Nuits"





Snapshots of Portuguese coastal life.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

"Ria de Sonho"





Sempre que posso chego-me a ela, todos os dias diferente e nunca me canso de a olhar. Hoje estava fantástica, não mexia uma folha, a maré muito vaza convidava a passarada ao repasto.
Os flamingos por cá continuam, parece serem cada vez mais. A quietude era total, apenas interrompida pontualmente por algum passaroco mais cioso do seu território.

"Horas de Calmaria"


Fotografias da zona da Torreira de antanho , ao que julgo tiradas pelo Sr. Abel Santiago, de Aveiro.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Barcos de Edward Hopper"









"A Nazaré"








Do enviado especial do Almagrande à exposição "A Nazaré" de Artur Pastor, aqui ficam algumas fotografias do catálogo, gentilmente cedido por António Balau.

sábado, 13 de dezembro de 2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"Pescadores da Afurada"

Realizado por Helder Mendes na década de sessenta. Aos do costume, Moreira na pesquisa e Quim nas máquinas, o meu obrigado.

"Pescadores da Afurada-2"

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Há lodo no Cais"


Béstida

foto. M.M.

"Outras Paragens"






No início do séc.XX, a "civilisation des loisirs" dava os seus primeiros passos. Novas gentes procuravam novos lugares. Artistas dão largas à imaginação, seguindo as modernidades da época.

domingo, 7 de dezembro de 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

"A Pérola"



" A cidade ficava num amplo estuário, com os seus velhos edifícios caiados de amarelo agarrados à praia. Na praia viam-se os barcos azuis e brancos, vindos de Nayarit, que eram conservados de geração para geração com um espesso revestimento impermeável, como uma concha, cuja preparação era um segredo dos pescadores. Eram barcos esguios e graciosos, com a proa e a popa curvas e um barrote no meio, onde se cravava o mastro para fixar a pequena vela latina.
A areia da praia era amarela e orlada de um colar de conchas e algas. Os caranguejos borbulhavam e cuspiam do fundo dos seus esconderijos e poças, os lagostins pinchavam dentro e fora das exíguas moradas de calhaus e areia. O fundo do mar era rico de formas que rastejavam, nadavam, cresciam. Algas castanhas flutuavam nas correntes suaves, enguias verdes cruzavam-se com elas e pequenos cavalos marinhos embaraçavam-se-lhe nas hastes. O boto malhado, peixe venenoso, vivia no fundo, em camas felpudas de limos, e os coloridos caranguejos passavam por cima deles fugindo.
Os cães e os porcos famintos da cidade procuravam incansávelmente na praia qualquer peixito ou ave marinha que a maré cheia tivesse por ventura arrastado.
Era aínda muito cedo. Mas a miragem nublosa desaparecia. A atmosfera de bruma que engrandece algumas coisas e diminui outras pairava sobre o Golfo: todo o panorama era irreal e visão incerta: o mar e a terra tinham a claridade penetrante e nebulosidade de um sonho."

in A Pérola - John Steinbeck
fot. Candy Lopesino

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

"So Long"

Estou triste, chateado, acabrunhado. Morreu ontem alguém de quem eu gostava, tinha sentença marcada, ela sabia-o, enquanto andava em bolandas, de hospital para hospital, de tratamento em tratamento, até nos breves momentos que passava em casa.
Das últimas vezes que a vira, os olhos não enganam, os olhos eram de alguém conformado, alguém inteligente que sabe exactamente o que sente, as melhoras que tardam, o queimar dos últimos cartuchos. Casada com um elemento da tripulação do Almagrande, sempre teve a maior paciência para aturar os nossos devaneios, os seus lanches pró Cruzeiro eram já uma tradição que cumpria com gosto. A morte raramente é justa, mas vermos pais a enterrar os filhos é aínda mais triste.
Miguel, aquele abraço. The show must go on.

pintura- Diego Rivera

domingo, 30 de novembro de 2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

"A Lâmpada de Aladino"


"Platt. Nunca cheguei a falá-lo com desenvoltura, mas encantava-me ouvi-lo quando o velho Kurt o fazia com os camaroeiros de Lizt. Perguntava-lhes pelos seus barcos, pelo humor imprevisível do mar, pelos perigos que espreitavam nas águas frias da Gronelândia e que aqueles homens esconjuravam com risos estentóreos e uns bons goles de cerveja.
O velho Kurt amava tudo o que se relacionava com o mar.
Sempre quisera ser marinheiro, não da Marinha de Guerra mas da outra, a dos nostálgicos capitães que bebiam uns copos em Hamburgo, nos bares próximos das casas de marinheiros de Landungsbrücken. Aí se fumavam todos os tabacos do mundo; ao aroma picante do bom cavendish juntava-se o do rum, o da cerveja e o das batatas com mel oferecidas gratuitamente aos fregueses. Os velhos capitães falavam batendo nas mesas para enfatizar os seus «que o diabo leve pelos fundilhos todos esses filhos da puta que puseram os navios com bandeiras de conveniência».
Então o velho Kurt batia também na mesa, gritava o noch'ne com o qual oferecia mais uma rodada aos marinheiros, pois já os predispusera a contar as suas aventuras por todos os mares. E ao aroma de tabaco, rum, cerveja e batatas, juntavam-se os aromas das tempestades, dos naufrágios, das noites de vigia na solidão da ponte enquanto atravessavam o Atlântico ou o temível Cabo Horn, até que algum dos velhos navegantes soltava uma gargalhada antes de dizer: «tudo isso é muito bonito e muito iteressante, mas eu nas Malvinas dei uma voltinha com uma senhora kelper respeitosamente casada com um senhor kelper e posso jurar que fazia uma óptima tarte de abóbora»."
...

"Desse tipo de marinheiro quis ser o velho Kurt, mas avida atravessou-se-lhe por diante e ele conformou-se em ler Conrad, Melville, Stevenson, a amar fervorosamente Magroll, o gajeiro a personagem de Álvaro Mutis a que chamava seu grande amigo quando falava com outros navegantes na sua casa sempre aberta à gente do mar. Eu também sentia o eco da sua voz, mas os meus ouvidos só estavam atentos às palavras de Silke. Tinha o hábito de falar olhando-me fixamente nos olhos e eu estremecia com a certeza do naufrágio inevitável no mar azul e profundo das suas pupilas."

Luis Sepúlveda in A Lâmpada de Aladino
Contribuição de Sérgio Paulo Silva

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"Artur Pastor"






Soube pelo Abrupto, onde aproveitei para surripiar mais algumas fotografias, que a Câmara Municipal da Nazaré tem desde o dia 22 em exposição na biblioteca municipal uma série de trabalhos do fotógrafo.