sábado, 11 de abril de 2009

"Serenidade"



Nos murmúrios do crepúsculo
ecoam aplausos de remos
rasgando a corrente.
Recorta-se a ria, em ilhas
debruadas de algas.
Não há eco para as frases curtas
que o vento leva longe.
Sorvo o azul num gole
breve de espuma.
Com estrelas
acendo a noite.
Teço auroras
na manhã de chuva suave,
em serenata.

Maria Ascenção Rodrigues

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