Este fim-de-semana adivinhava-se fértil em velejadelas, no sábado a regata da "Cenário"e no domingo a do aniversário da Ass. Náutica da Torreira. No sábado, com um dia excepcional e um ventinho cooperante lá fui até ás imediações de Válega, com um proa de recurso mas que cumpriu na perfeição. O sítio da regata tem "pano para mangas"e o cenário é fantástico..pelo menos na maré cheia. A regata correu bem apesar da juventude da mesma, esperemos que a "Cenário" continue a promovê-la, pode ser o início de algo maior e original por estes lados. Um dia magnífico que terminou com um passeio de regresso memorável à marina da Torreira.
No domingo, o dia apresentava-se igualmente solarengo mas mais ventoso, a prometer uma regata animada. De Ovar veio a "Armada dos BJETs" a dar uma animação grande na classe dos Cruzeiros em que o "Planador"ex-Delmar Conde era o principal favorito. Optimists, Darts, Lasers, e claro, nós no "Almagrande"já com o proa habitual e reforçados com o Cândido, comandante do "Casvic", que se juntou a nós para "dar uma forcinha".
Depois de uma largada à maneira e de uma primeira parte da regata em que andávamos lado a lado com o "Planador", seguíamos a fazer uma bela prova, a aproveitar o vento que entretanto tinha crescido um pouco sem ser demais.
Na rondagem da penúltima bóia, depois de uma azelhice aqui do escriba, burrice de todo o tamanho e inqualificável, faço com que o barco vire os pés pela cabeça.
Depois de ver que estavamos todos bem, seguiu-se uma operação de salvamento complicada e que só visto..
Depois de várias e diversificadas tentativas de levar o barco para a borda, lá conseguimos levar avante os nossos intentos. O resto imagina-se... carteiras, telemóveis, sapatos, casacos, chaves dos carros, palamenta supelente..eu estava orgulhoso de mim..sim senhor, lindo serviço!
Lá tirámos a água suficiente para podermos regressar ao cais, e pelo menos não se tinha partido nada, umas arranhadelas na pintura e umas esmocadelas na borda falsa, feitas por um dos barcos intervenientes na ajuda.
Agora é limpar, secar e consertar os estragos, mas como alguém me disse..."Quem anda à chuva molha-se".
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
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9 comentários:
Amigo, não posso estar de acordo com o que escreves relativamente à “aselhice”. Como explicas então uma largada brilhante, o tête-à-tête com o Planador durante tanto tempo (mesmo sem spi) e o avanço que levávamos aos demais no momento da cambadela? – Nãaa, isto faz mesmo parte, não há barco imaculado – a não ser claro que esteja sempre na garagem, tapadinho e isolado de correntes de ar!
Foi uma velejada e peras, honra seja feita ao skipper do Alma Grande, que apesar da viradela valeu e promete muito para o futuro.
Agora, há que programar um face-lift ao Alma Grande num destes fins de semana – afinal, qual é a Alma que não gosta de mimos de vez em quando?
Vamos preparar os vernizes para que voltemos a fazer aquela bóia com a raça que o Alma Grande já mostrou ter!
Obrigado pela oportunidade Marco.
Um grande abraço,
António Cândido
Olá Cândido, foi de facto,até ao afundanço,uma bela regata..obrigado pela presença e pela disponibilidade para ajudar nos "remendos".
Um abraço
Boas amigos, foi de facto um momento diferente já que, nunca tinha ido a charco :)!!!
Sem feridos graves nem ligeiros e com danos menores na embarcação foi uma tarde diferente que serve por motivos menos agradáveis aprender uma lição!!! faltam colocar uns flutuadores a bordo :)
Um abraço do proa. E não posso deixar de referir a grande prova que estavamos a fazer. Mas como há mais marés que marinheiros, da próxima até os comemos!! :)
Ossos do ofício...mas adivinha-se quer no autor do post quer nos comentaristas..aquela "pica" que é apanágio dos velejadoores
Bons Ventos
Boas Marieke, estava a ser uma velejada de grande luxo e de repente ficou uma velejada de grande LIXO.
Isso faz parte, uma viradela de vez em quando para não esquecer.
Quanto às chaves telemoveis e etc.. já devias saber.
Um Vouga é sempre vela ligeira, por isso dá tanto gozo.
Abraço.
Olá Miguel,aquele abraço.
Olá Marco, fiquei a saber agora da proesa inigualável ( a de andar ao lado do "planador"...) Quanto ao "viranço", considera-o uma prova de amor à embarcação que pela primeira vez sentiu a "insustentável leveza da flutuabilidade submersa"... Enfim não sei como dizer melhor. Também já me aconteceu, a estrear velas novas, no Andorinha...
abraço!
Olá Helder, adorei a expressão..Kundera não diria melhor.
Abraço
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