sábado, 28 de junho de 2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
"We've all tried to describe what it is that compels us to sail, but it seems ineffable. Sailing is never the same but always sublime. For me, it's a enormous range of extremes, all of them providing a sense of being fully alive. I love the dawn watch offshore when dew falls on the ocean and fills the air with the smell of fresh water. I love those moments in the midst of all hell breaking loose when i realize i am unafraid and competent to keep the boat safe. I love heading off for somewhere far away with a boatload of good friends. I love those wild nights in the trade winds with huge seas and moonlight when the boat roars and trashes and flies along flinging spray. I love being stuck out in weather, good and bad, and seeing endless changes in the sea and sky. I love the wistful feeling of a chilly sail in a small boat in late fall, when i know i should already have put her in the shed." Elizabeth Meyer
terça-feira, 24 de junho de 2008
"Tinkerbelle"
Em 1958, Robert Manry encontrou o "Tinkerbelle" á venda num anúncio de jornal e dois dias mais tarde tinha-o comprado. A partir daí e depois de vários consertos, o barco tornou-se no centro das planificações de férias e tempos livres da família. Em 1964, com o filho de 10 anos faz uma viagem de 200 milhas pelo lago Erie até Ontario, por esta altura já Manry falava em atravessar o Atlântico com um barco de um amigo. Terá sido esta viagem que o convenceu a tentá-lo no pequeno "Tink" de apenas 4 m ! Em 1965 parte de Cape Cod com destino a Falmouth em Inglaterra, numa viagem que demorou 78 dias, entre 1de junho e 17 de agosto. Sobre a fantástica viagem escreveu um livro que se tornou num best-seller. O "Tinkerbelle" descansa agora num museu do Ohio, descanso merecido sem dúvida.
domingo, 22 de junho de 2008
"Alma Nova"
Acabou melhor do que começou o fim-de semana. Sábado, já a adivinhar-se um ventinho mas com um sol convidativo lá arrancámos prá Torreira com a traquitana toda atrás de nós. No espaço de 100 metros tudo se alterava, sobre a Ria havia um muro de nevoeiro, denso, húmido e um vento frescote e pouco agradável. Deu para dar umas voltas, fazer o gosto ao dedo mas sem deixar saudades. No domingo o sol voltou e o vento também, a soprar moderado com algumas rajadas "de grande luxo". É um previlégio fazer-se vela com semelhante cenário.
Um agradecimento á tripulação do Celta Morgana pela forma simpática como me receberam e me deram a provar as águas de Mourisca do Vouga, puras e cristalinas..!
Um agradecimento á tripulação do Celta Morgana pela forma simpática como me receberam e me deram a provar as águas de Mourisca do Vouga, puras e cristalinas..!
quinta-feira, 19 de junho de 2008
"Guggenheim"
quarta-feira, 18 de junho de 2008
"Canção de Ílhavo"
segunda-feira, 16 de junho de 2008
"RIA"
"Laguna ou Ria o que dela primeiramente nos interessa é aquele mar de água e aquelas vistas. Não há aí coração que não arribe, que não trejubile ante aquela paisagem grande e multicolor, a agitação crescente de vida e mais vida. Eu tenho a paixão da Ria. Por vezes ela adormece à brisa, ela toda, a beijar-se de brisas, o moliço de belo verde a vertebrar na ondina, e aquelas ondinas de ria como olhos garços a brilharem de céu e luz, como fontinhas, abrindo-se para a carícia rude dos barcos e para me conduzirem a mim ciumento!..."
"Ontem dormi no meu barco. E, pela manhã, ainda mal a aurora incendiava cirros de primavera, para que fosse o sol e não a chuva a imperar seu dia e já uma sinfonia mansa partia dos charcos, batia fino pelos juncos, roncava nas docas, clamava com a sereia do porto, corria em vozes de gaivotas e ia pianar moderado, abatido, comprimindo-se lá para S.Jacinto, para a Torreira, e para o Furadouro, como se soubesse os meus extâses!...
A minha cama de proa cheirava a marisco.Novamente me deitei para ficar de olhos fechados, a escutar, a ouvir só!...Os ouvidos são mais ricos, mais inundados de vida e de beleza aos sons, quando os olhos se tapam, quando se apaga o cheiro das côres. Sinfonias da ria, nunca mais adormecerei e também nunca mais entreabro meus olhos, que não tenha em meus lábios, como em oração consolada, a expressão contente do amor que me deste. Tudo quanto eu amar, há-de ter a presença, o ensinamento, a moral de amor que a ria me deixou. Há-de ser simultaneamente violento e manso, fascinante e esquivo, cândido e misterioso; há-de ferir como golpe, como coisa que rasga e ao mesmo tempo, na própria dor há-de inebriar tal como um ópio, um vinho, uma doçura, um bálsamo!..."
"Ria ou laguna, como te chamam não importa; a mim o que interessa e a ti me captiva é a soma de quadros de vida, as imagens de beleza e virilidade sadia com que povoaste a minha inteligência, com que enriqueces a alma; a mim o que irresistivelmente me atrai é o teu peixe, o teu moliço, os teus mexilhões; é a estrada sem portagem nem barreiras que ofereces a todo o barco que te sulca as águas; é o lugar ao sol aberto a pobres e ricos, aberto a todos; e é o teu vento que espalha perfumes com sensação de fartura e asseio; como é a tua luz , a tua sedução, a tua beleza, essa arte que tens de agradar a todos os sentidos. A mim o que prende, Ria, é sentir-se a gente homem, plenamente homem, junto de ti!..."
in "Amor à Terra" -Dr. Joaquim Rodrigues da Silva
"Ontem dormi no meu barco. E, pela manhã, ainda mal a aurora incendiava cirros de primavera, para que fosse o sol e não a chuva a imperar seu dia e já uma sinfonia mansa partia dos charcos, batia fino pelos juncos, roncava nas docas, clamava com a sereia do porto, corria em vozes de gaivotas e ia pianar moderado, abatido, comprimindo-se lá para S.Jacinto, para a Torreira, e para o Furadouro, como se soubesse os meus extâses!...
A minha cama de proa cheirava a marisco.Novamente me deitei para ficar de olhos fechados, a escutar, a ouvir só!...Os ouvidos são mais ricos, mais inundados de vida e de beleza aos sons, quando os olhos se tapam, quando se apaga o cheiro das côres. Sinfonias da ria, nunca mais adormecerei e também nunca mais entreabro meus olhos, que não tenha em meus lábios, como em oração consolada, a expressão contente do amor que me deste. Tudo quanto eu amar, há-de ter a presença, o ensinamento, a moral de amor que a ria me deixou. Há-de ser simultaneamente violento e manso, fascinante e esquivo, cândido e misterioso; há-de ferir como golpe, como coisa que rasga e ao mesmo tempo, na própria dor há-de inebriar tal como um ópio, um vinho, uma doçura, um bálsamo!..."
"Ria ou laguna, como te chamam não importa; a mim o que interessa e a ti me captiva é a soma de quadros de vida, as imagens de beleza e virilidade sadia com que povoaste a minha inteligência, com que enriqueces a alma; a mim o que irresistivelmente me atrai é o teu peixe, o teu moliço, os teus mexilhões; é a estrada sem portagem nem barreiras que ofereces a todo o barco que te sulca as águas; é o lugar ao sol aberto a pobres e ricos, aberto a todos; e é o teu vento que espalha perfumes com sensação de fartura e asseio; como é a tua luz , a tua sedução, a tua beleza, essa arte que tens de agradar a todos os sentidos. A mim o que prende, Ria, é sentir-se a gente homem, plenamente homem, junto de ti!..."
in "Amor à Terra" -Dr. Joaquim Rodrigues da Silva
sexta-feira, 13 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
"Viúvas de Vivos"
"No cais da ribeira, tortuoso canal vindo da ria, àquela hora da tarde ia uma azáfama doida. Nas margens amontoavam-se pilhas de junco, marés de moliço, adobos, tijolos, cascalho, pipas de vinho. Os barcos, de velas arreadas, ou estavam a ser descarregados ou dormiam encostados às margens, cisnes de papos erguidos. Alguns regressavam à ria, empurrados por longas varas fincadas nos ombros largos dos barqueiros, à falta de viragem propícia. Em cima dos carros, de calças arregaçadas ou de calções de estopa, os homens iam ajeitando as engaçadas de junco ou de moliço que as mulheres, em movimentos rítmicos, lhes atiravam para cima. O burburinho enorme, assobios, cantigas, pragas, risadas, perdia-se na amplidão da planície por onde serpenteava o canal até à toalha líquida que se estendia, na direcção do mar, sulcada de mil velas. À esquerda, a terra subia ligeiramente, em campos onde já apareciam vinhedos. Mais além, divisavam-se os contrafortes violáceos das serras. Quase junto aos arrozais, corria, arfando, uma locomotiva, um brinquedo de criança, visto dali. Morria o sol, à direita, sobre o mar, enquanto de todos os inúmeros canais, da ria e da própria terra, ia subindo, diáfano como um véu de noiva, o nevoeiro frio e transparente que os raios do sol a custo rasgavam."
in "Viúvas de Vivos"- Joaquim Lagoeiro
terça-feira, 10 de junho de 2008
"A espuma das noites"
Infelizmente não foi, nem uma festa da espuma nem uma qualquer brincadeira de putos com detergente..muito menos uma situação pontual.
Numa altura em que a Ria de Aveiro é candidata ás sete maravilhas naturais do mundo, fotografias como estas dão que pensar. Não foram fruto do acaso, qualquer frequentador da Ribeira de Pardelhas na Murtosa o poderá confirmar.. menos os distraídos!
A não ser que os Esteiros, que por mero acaso comunicam directamente com a Ria não façam parte da mesma.
Na mesma semana em que a Murtosa inaugurou o novo porto de abrigo para os seus pescadores no cais do Bico, penso que situações como estas só servem para hipotecar ainda mais o futuro dos mesmos e da nossa Ria.
domingo, 8 de junho de 2008
"Hispania"
Em 1985, S.A.R. Don Juan de Borbón fundou a regata "Troféu Almirante Conde de Barcelona" com o intuito de ajudar a preservar barcos que, tendo tido os seus dias de glória, estavam esquecidos ou ao abandono. Alguns anos mais tarde, é criada a Real Fundación Hispania de Barcos de Época, igualmente em defesa do património náutico espanhol.
No início dos anos 90, depois de terem perdido o "TUIGA", que pertencera ao Duque de Medinaceli, para o Yacht Clube do Mónaco, tentam a aquisição do "irmão gémeo" "HISPANIA", que tinha sido mandado construir pelo Rei Alfonso XIII em 1909. Para tal, deslocam-se a Inglaterra onde o barco, em péssimo estado servia de habitação numa praia do sudoeste britânico.
Depois da compra é levado de barcaça até Fairlie, em Shouthampton onde é restaurado pela Fairlie Yacht Restorations.
O "HISPANIA" sendo uma réplica do "TUIGA", foi no entanto construído em Espanha, em Pasajes no país basco, nos estaleiros "Karpard" de quem pouco se sabe.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
domingo, 1 de junho de 2008
"Cambria"
Desenhado e construído por William Fife em 1928 para Sir William Berry que o mandou fazer mais por colecionismo e meio de promoção social do que por simples paixão pelos barcos. Entre 1928 e 1934, ano em que Berry o vendeu, o "Cambria" foi sendo penalizado nas regatas em que ia participando fruto de ratings e handicaps pouco claros mas que por mera casualidade iam favorecendo o iate real "Britannia" e o círculo dos mais chegados ao Rei George v.
O novo dono, Sir Robert McAlpine muda-lhe o nome para "Lillias", anos depois é vendido de novo e levado para a Turquia para passear turistas onde esteve até meados dos anos sessenta.
Foi sendo vendido e revendido, passou de cutter a ketch, e numa tentativa de circunavegação interrompida na Austrália, a sua beleza desperta o interesse a três amigos regatistas que o compram e restauram. É feito um trabalho em profundidade, são substítuidas algumas cavernas, 6 mil parafusos de ferro são trocados por aço inox, um novo convés e o aparelho vélico original dão hoje de novo, brilho a este magnífico barco.
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