"O rapaz voltou com as sardinhas e as iscas embrulhadas num jornal, e desceram até ao esquife, sentindo debaixo dos pés a areia com seixos, e pegaram no esquife e meteram-no no mar.
-Boa sorte, meu velho.
-Boa sorte - respondeu o velho. Enfiou as amarrações de corda dos remos nos toletes e, debruçando-se contra a resistência das pás na água, começou a remar na treva para fora do porto. Havia barcos de outras praias saindo para o mar, e o velho ouvia-lhes o mergulhar e o impulso dos remos embora não pudesse vê-los, com a lua já posta atrás dos montes.
Às vezes,num barco alguém falava. Mas a maior parte dos barcos ia silenciosa, a excepção do mergulhar dos remos. Dispersaram-se, uma vez chegados à embocadura do porto, e cada qual aproou à parte do oceano em que esperava encontrar peixe. O velho sabia que ia muito para o largo, e deixou para trás o cheiro de terra e remou para o lavado e matinal cheiro do oceano."
Ernest Hemingway in " O Velho e o Mar "
quinta-feira, 8 de maio de 2008
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3 comentários:
Bom livro!
Vale a pena lê-lo.
Um abraço,
ahahahhahah..tamos em sintonia????tamos?????
tu colocaste um trecho dele eua mesma oba em imagem...esta foi boa!!!!!!
E não é que comprei há coisa de mês e meio e o reli?
Muito bom!
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