Entre a investida castelhana do Doiro, em cima, e o esquivo namoro do Guadiana, em baixo, Portugal merecia a visita calma e demorada dum grande curso de água que, sem ajuda de noras, lhe matasse a sede, e, sem leixões, fosse um porto de abrigo.
A secura do corpo pedia refrigério; a agressão do oceano, protecção das vagas. Quis a sorte que assim fosse e o Tejo abrisse no calcário estremenho um estuário largo e majestoso, fundo e aconchegado, que, depois de magoar os montes, os transformasse em miradoiros de sonho.
E de cada colina onde a gente se debruça é um pasmo sem limitações, que abrange o céu e a terra na mesma agradecida emoção. Sobre a toalha límpida do rio cai luz a jorros duma lâmpada hialina, escondida no teto azul do cenário; e o movimento ritmado das embarcações, o perfil recortado do casario e o enquadramento dos longes, arredondam a beleza da tela, dando-lhe realidade.
A secura do corpo pedia refrigério; a agressão do oceano, protecção das vagas. Quis a sorte que assim fosse e o Tejo abrisse no calcário estremenho um estuário largo e majestoso, fundo e aconchegado, que, depois de magoar os montes, os transformasse em miradoiros de sonho.
E de cada colina onde a gente se debruça é um pasmo sem limitações, que abrange o céu e a terra na mesma agradecida emoção. Sobre a toalha límpida do rio cai luz a jorros duma lâmpada hialina, escondida no teto azul do cenário; e o movimento ritmado das embarcações, o perfil recortado do casario e o enquadramento dos longes, arredondam a beleza da tela, dando-lhe realidade.
1 comentário:
Para quem como eu adora Lisboa e o Tejo, este artigo comove...
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