Castanhas do Pará, pistachos do Irão, Cajú brasileiro, foie-gras francês, Emmental suiço, Manchego espanhol e salpicão minhoto a fazerem as honras de abertura, bem acompanhados por um tinto do Alentejo por uns, genebra Inglesa por outros. Azeitonas de Elvas, nozes da Macadâmia, amêndoas de Foz Côa
No caril pontificavam camarões Indianos e especiarias sabe-se lá vindas de onde, acompanhado por um arroz do Suriname e, para refrescar o palato, um vinho do Douro feito por um énologo australiano que estagiou em Bordéus. A fechar a contenda, receita anglo-saxónica de bolo de queijo, folar do Vale de Ílhavo e cafés das mais exóticas proveniências. Arábicas e Robustas da Jamaica, da Colômbia, Sumatra e Java.
O remate faz-se com digestivos com o carácter das terras altas da Escócia, feitos com cevada canadiana, transportada por um barco Russo construído na Polónia, com bandeira do Panamá e pertença de uma sociedade anónima sediada nas Ilhas Caimão.
Pescadas que vêm do Chile de avião, um Porto na Terra do Fogo, um Saké bebido na Cidade do Cabo por um judeu Americano em demanda das pedras do brilho absoluto. Bacalhau da Noruega, lavagantes do Maine, espargos do Peru, vinhos Austríacos, salmão do Alaska.
Ainda não será este fim de semana que darei uma volta no barco feito com Tola cortada no Uganda e mogno da Costa do Marfim. Viva a globalização.
Fica a Marilyn porque continua a ser bastante global.
3 comentários:
Uma Páscoa Feliz Almagrande.
Obrigado JC, igualmente para si.
Bela prosa meu caro. De ficarmos com o espírito saciado e a boca aberta! Lembra um daqueles travelings cinematográficos a velocidades lentas sobre paisagens sublimes, que neste caso podem ser uma mesa ricamente povoada,"delicatessen" de peter greanaway, salvo erro.
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