sábado, 28 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
"Vougas no Tejo"
"Em 1939 foi criada a Secção de Desportos Náuticos da Brigada Naval, que funcionava como uma capitania da Marinha de Recreio, fazendo exames e passando cartas de marinheiro, patrão-de-rio, patrão-de-costa e patrão-de-alto-mar e ainda o registo de embarcações de recreio.
Logo a seguir, fundou-se a Associação Desportiva da Brigada Naval, que funcionava como um clube.
Começam então a proliferar os barcos de vela ligeira.
A secção de Vela do Sport Algés e Dafundo, clube fundado em 1915, organiza a Classe Nacional dos Vougas, barco originário da Costa Nova, Aveiro, que na década de 40 princípios de 50 chega a dispor de setenta unidades."
Gabriel Lobo Fialho in Vela Olímpica Portuguesa - 75 anos
fotografia - Museu de Marinha
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
"Amadeirado"
"Nos whiskies sempre preferi os novos, frutados, irreverentes e bruscos, ao contrário dos mais velhos, amadeirados e complexos. Já nos vinhos não haverá casamento mais feliz que o da nossa Touriga com uma bela barrica de carvalho, o resultado é quase Portugal em forma líquida. Estão lá as nossas flores e o agreste do granito, o parto difícil da terra.
Tenho um certo fascínio pela madeira e por quem a trabalha, seja o mais tosco dos carpinteiros ou o énologo mais capaz, com dúvidas existenciais sobre as suas báquicas criações.
Uns trabalham de enxó e cumprem a função, outros utilizam a plaina e o raspador, têm orgulho na obra, seja no pormenor do acabamento ou na complexidade aromática, a parte estética amarra-os ao pormenor, ao detalhe, ao que os distingue da maralha. Nas uvas ou nas tábuas.
Carvalho françês ou americano para a sobrequilha, barricas de Nacional pró tinta roriz?
São magos da madeira, que tanto nos fazem o objecto dos nossos sonhos como nos fazem sonhar com ele.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
"S. Martinho"
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
"O difícil refúgio"
Este frio, este frio que de repente chegou sem que o suspeitassemos às nossas vidas - outono havias de vir, minha querida Irene, tu que antes de todos o adivinhaste sibilando pelas frinchas dos teus olhos - este frio oceânico que arrepia os gatos e enovela os cães é-me agradável por tudo quanto aporta à minha vida: a cor dos diospiros e das romãs que revejo à noite na lenha que de novo arde, o cheiro das maçãs e do bagaço que espreita a voz dos alambiques proibidos, as derradeiras rosas e os últimos figos, as folhas, a química das folhas, das videiras ou dos plátanos, da trepadeira que forra a parede da velha casa; este frio, este frio que de repente chegou e que se dilui nas chamas que contemplo e me bailam na alma onde o mar está chão, que enquanto caminho me fustiga o rosto, é-me agradável. Estão nus os giestais há muito esquecidos de Maio e enquanto as cadelas buscam aromas de perdizes nos refúgios que o verão lhes deixou, eu caminho serra fora. Sabem dos meus passos os arroios e os montes. Ninguém mais. Mas se o frio que agita os rosmaninhos ou os bugalhos dos carvalhos me recordarem o teu nome então eu o amaldiçoarei pelos rasgões que me faz e desejarei o doce tempo de verão em que jamais fui feliz.
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Sérgio Paulo Silva in Poemas de Amor e Não
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
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