quarta-feira, 28 de julho de 2010

"24H"


" Depois da calmaria absoluta, da Ria estanhada por longo tempo, entrou uma aragem por volta das quatro da manhã que fez acordar os regateiros, alguns, enquanto outros, que mostravam o seu nível competitivo, altíssima preparação ao nível mental e resistência física, recusavam-se a abandonar as imediações do campo de regatas, numa grande demonstração de agradecimento a um dos patrocinadores da regata.
A noite acrescenta outra dimensão à coisa, está-se mais atento a tudo, imagens e sons que sabem e soam de outra forma, o sibilar do barco que vai ao lado a disputar aqueles metros até à ilha, seja ele o patinho feio que é, seria igual se da maior das máquinas se tratasse. A emoção não será a mesma mas o sentimento é igual, excelente momento de vela.
Arrisca-se a atalhar na ilha e ganhar uns metros, arrisca-se a atascar e perder uns bons metros, mas arrisca-se.
A ganhar e a perder metros começou a clarear e o vento a cair, a Ria era oleosa, nuns tons entre o vermelho e o negro. "Inolvidável", nas palavras de um dos participantes.
A manhã a subir e o vento a descer, com os barcos "à rola", ao sabor da corrente.
A prova é interrompida, alguns aproveitam para descansar enquanto outros, que mostravam o seu nível competitivo, altíssima preparação ao nível mental e resistência física, recusavam-se a abandonar as imediações do campo de regatas, numa grande demonstração de agradecimento a um dos patrocinadores da regata.

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