sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"Vela"


"Embora na vela haja muitos elementos que escapam ao nosso controlo, para mim, é daí que vêm a excitação e os desafios que não encontrei em nenhum outro lado. A vela pode ser considerada um desporto complicado, inacessível para muitos, mas não se resume a clubes náuticos e barcos caros. Trata-se de sair para a água, de ver a natureza de um outro ponto de vista, de descobrir uma sensação de liberdade e, com sorte, de nos sentirmos realizados com aquilo que fazemos. A vela pode ensinar-nos muitas lições de vida, a trabalhar em equipa, a perseverar perante as adversidades, a sermos empenhados e, acima de tudo, a termos confiança nas escolhas que fazemos."
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Hellen MacArthur

4 comentários:

Anónimo disse...

"... a vela tem um outro lado: o dos cruzeiros de dia, das viagens de fim de semana com a familia e o dos dias em que nos limitamos a sair para o mar e ver onde os ventos e as marés nos levam. A vela tem sempre algo a oferecer a toda a gente, um barco diferente para cada nível de aptidão e cada nível de participação, quer se esteja apenas a passear quer a participar numa grande regata do outro lado do mundo.(...)
Hellen MacArthur

São momentos em que podemos passar horas ou dias, ás vezes lutando por um rumo e ignorando o que deixamos em terra, onde existe gente que demasiadas vezes fazem (quase) tudo para nos tramar.
Abraço,
PJNunes

almagrande disse...

Boas PJ, foi boa essa!

Rui Silva disse...

Nunca fiz vela ligeira. Ninguem da minha familia esteve ou está ligada á vela ou a qualquer tipo de barco. No entanto, quando o meu pai teimava em arrastar a familia para o tejo, junto á base das OGMA (oficinas gerais de material aéronautico) e tentava pescar qualquer coisa, cá o petiz, com 8 ou 9 anos, ficava a olhar a outra margem (mouchão da póvoa) e atria-me aquele desconhecido, o que é que estaria para lá da margem!. A curiosidade era tanta que fiz um barco, uma caixa de madeira com tábuas pregadas sucessivamente até garantir estanquicidade. Eu cabia lá dentro, mas como é obvio, nunca tive autorização para testar o Swan caseiro.
Isto só para dizer que, nunca senti o vicio da vela, do sair todos os dias ou frequentemente. O que me atrai como um iman é a "viagem", é a sensação de ao desligar o motor depois de sair da marina, içar as velas e sentir que faço parte dos elementos e que o objectivo é a linha do horizonte. O que me move é a sensação de descoberta tanto pessoal, como do mundo REAL que me rodeia,do vento, do mar, do sal, de ter tempo, das tempestades do medo e da dor e depois...chegar. Se não tivesse laços fortes (familia) que me vão prendendo a terra, não sei o que faria.
(desculpa o testamento)

almagrande disse...

Boas Conde, estes "testamentos" são muito bem vindos.