quinta-feira, 7 de maio de 2009

"Westward"




"All you have to do is run up to Bristol and tell N.G. Herreshoff you want a yacht for that purpose and be sure not to tell him how to design her for if you do he probably will not take the order. You may have to show him some credentials for he doesn't like to design a large yacht unless he thinks the owner can afford it."
Conselho dado por "Charlie"Barr a Alexander Smith Cochran que, impressionado com a velocidade dos barcos do "Feiticeiro de Bristol", queria que este lhe fizesse uma escuna capaz de atravessar o Atlântico e defrontar os melhores da Europa.
Herreshoff aceitou a encomenda e em meados de 1910 foi o bota-abaixo, tinha um comprimento total de 49m para 41,5m de convés.
Com a prematura morte de Barr em 1911, o interesse de Cochran pelas regatas esmoreceu e o barco foi vendido a um grupo de velejadores alemães e rebaptisado de Hamburg II. Com estes continuou a colecionar prémios nas regatas em que entrava até que, em 1919, regressa a Inglaterra como despojo de guerra e vendido a Clarence Haltry, que o rebaptisou com o nome original. Haltry no entanto, devido a problemas financeiros, não será capaz de manter o Westward e ele é esquecido numa doca de Southampton.
Seria com o seu último dono, T.B.Davis, que o Westward conheceria as horas de maiores glórias, as regatas com yacht real "Britannia" fizeram história, tal a igualdade de andamentos dos dois barcos. Dedicado ao barco, Davis mantinha-o em excelente estado, fazendo as principais regatas de Inglaterra e Mediterrâneo, mantendo uma tripulação que chegava aos trinta homens quando em prova. Em 1935, o Rei JorgeV retira o "Britannia" das regatas e Davis, sem o seu principal adversário e amigo, apenas utilizará o "Westward" em passeio.
Em 1942, com 75 anos, Davis morre deixando uma cláusula no testamento, ditando que, se não fosse encontrado um dono com capacidade financeira suficiente para manter o barco, ele teria de ser afundado. Depois de alguns anos sem que aparecessem candidatos e fazendo cumprir o desejo de Davis, o "Westward" é levado para o mar alto, dinamitado e afundado.
Umas quantas milhas ao lado jazia o "Britannia", vítima de um desejo semelhante, mas isso é outra história.

1 comentário:

Laurus nobilis disse...

Há uma frase do E. Hemingway que gosto muito... " O homem não é feito para a derrota. O homem pode ser destruído, mas não derrotado." Penso, que o mesmo, pode ser aplicado a certos barcos!