terça-feira, 22 de julho de 2008

"Bluenose"









No início do século xx, a Taça América era motivo de interesse e discussão entre os que gostavam de barcos á vela, ainda o é suponho. Também o era entre os que utilizavam os barcos como alfaia, que, ao verem determinada regata anulada por excesso de vento, 25 nós, formaram um coro de críticas, argumentando que os barcos se tinham tornado demasiado frágeis, afastando-se da premissa inicial, um teste aos barcos e á habilidade dos tripulantes.
Sugeriram uma competição entre pescadores, ideia logo aproveitada por um jornal de Halifax que ofereceu um troféu, o International Fishermen's Race, a ser disputado com os barcos e os homens que habitualmente pescavam nos Grandes Bancos, americanos e canadianos.
Depois de uma primeira edição dominada pela escuna americana "Esperanto", um sidicato de proprietários canadianos encomenda um novo barco a W.J.Roue, a "Bluenose", que traz de volta o troféu, depois de vencer as qualificações entre canadianos e de uma época de pesca bem sucedida. Em 1922 volta a ganhar. Em 1923, estando a competição empatada, a tripulação da "Bluenose" abandona a prova em sinal de protesto a uma decisão do júri. Depois de um interregno de sete anos, a prova é retomada em 1931 com nova vitória da escuna canadiana, já apelidada "The Queen of the North Atlantic Fishing Fleet".
Com a Grande Depressão, a "Bluenose" iniciou uma nova vida, participando em exposições e pecorrendo em passeio os Grandes Lagos até que em 1938, na última International Fishermen's Race disputada, repetindo o Duelo de 31, contra a escuna "Gertrude L. Thebaud", ganha novamente, tornando-se num ícone.
O tempo das Escunas de Pesca á vela tinha passado, os barcos a diesel dominavam, a "Bluenose" acabou como barco de comércio costeiro no Haiti, aonde veria o seu fim num recife em 1946.

2 comentários:

Laurus nobilis disse...

Como é que hei-de dizer... Só me ocorre... Bom gosto!!!

almagrande disse...

Boas Laurus,obrigado pelo comentário simpático.